22.9.11



Ás 3:42 da madrugada (…)
O telefone toca.
- Alo? — Diz ela com uma voz sonolenta.
- Oi. É sou eu. Não desligue, e não fale nada, apenas escute.
- Para… —Ela o interrompe. — Você não vai fazer aquilo de se declarar pra mim pelo telefone né? — Solta um riso.
Ele respira fundo. — Não. Eu só to com insônia e resolvi te acordar apenas pra escutar sua voz. Eu não consigo dormir direito desde quando você disse que não era mais pra eu te procurar. Mas tudo bem, eu sei que encomodo você, pode desligar se quizer…
Não, continue. — Diz ela.
Ok. — Ele respira fundo, e começa: Eu não vou te perturbar, nem ocupar muito o seu tempo. Só quero lhe dizer que mesmo depois do que você me disse, pra eu te esquecer, pra eu continuar a minha vida. Bom, eu não consegui. Eu não tenho mais vida, você não me pertence mais. Então eu apenas existo. Eu passo noites em claro pensando em você e vendo suas fotos. E acabo choran…
Chamada encerrada.
É eu sabia desde o começo que iria acontecer isso. — Diz ele engolindo o choro.

Batem na porta. Era ela. Com um casaco por cima do pijama, e o cabelo todo bagunçado. Ele abre a porta e se surpreende. Esfrega o olho pra ver se é real, e sorri.
Eu não sei o que vai acontecer daqui pra frente, não sei quantas barreiras iremos ter que enfrentar, mas eu sei que vai ser difícil. Mas juntos, aos poucos vamos conseguir. Você me acordou quando eu consegui pegar no sono. Eu não parava de chorar pensando em você e nos planos que fizemos juntos. Eu não irei te deixar. — Diz ela com os olhos cheios de lágrimas.
Me descu… — Ele a interrompe, e a beija.
Você fala demais garota. — Diz ele entre o beijo.
       4:15 de madrugada. 

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