31.7.13
“É tão difícil falar e dizer coisas que não
podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro
real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei pra você fixamente por
instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de
comunhão poerfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade.”
— | Clarice Lispector. |
29.7.13
“Você já se perguntou se somos nós que fazemos
os momentos em nossas vidas ou se são os momentos da nossa vida nos
fazem? Se você pudesse voltar no tempo e mudar apenas uma coisa na sua
vida, você mudaria? E se mudasse, será essa mudança tornaria a sua vida
melhor? Ou será que ela acabaria partindo o seu coração? Ou partindo o
coração de outro? Será que você escolheria um caminho totalmente
diferente? Ou você só mudaria uma única coisa? Um único momento? Um
momento que você sempre quis ter de volta.”
— | One Tree Hill. |
“Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as
noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão
vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os
outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço
do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz.”
— | Tati Bernardi. |
21.7.13
“— Eu sinto falta de momento que nunca
aconteceram. — Quando eu falo isso ninguém me entende. Mas é que sabe,
acontece tipo assim, eu fico imaginando um monte de coisas que acontece
entre a gente quando estou sozinha, e pra mim elas são tão reais que
chega momentos anjo que posso até sentir teu toque, teu cheiro e teu
gosto. Mas como isso são só coisas da minha cabeça chega um momento que
tenho que acordar pra vida, a a partir do momento que acordo sinto falta
de tudo aquilo que imaginei.”
— |
|
“A maior solidão é a do ser que não ama. A maior
solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha,
que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem
encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede
o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é
o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto
da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada
triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia
do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de
emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro
privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.”
— | Vinícius de Moraes |
“Eu erro muito. Quase todo dia, pra ser mais
específico. Mas durmo com a consciência tranquila, com a alma serena.
Não faço mal pra ninguém, ninguém mesmo. Talvez eu magoe algumas pessoas
sem querer. Talvez, não, com certeza. Ninguém é como a gente espera. E
eu já entendi que inevitavelmente a gente magoa e é magoado.”
— | Clarissa Corrêa. |
19.7.13
“Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive
tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos. Já expulsei pessoas que
amava de minha vida, já me arrependi por isso. Já passei noites
chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem
conseguir fechar os olhos. Já amei pessoas que me decepcionaram, já
decepcionei pessoas que me amaram. Já passei horas na frente do espelho
tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de
querer sumir. Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e
também me arrependi. Já fingi não dar importância às pessoas que amava,
para mais tarde chorar quieta em meu canto. Já sorri chorando lágrimas
de tristeza, já chorei de tanto rir. Já acreditei em pessoas que não
valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam. Já tive
crises de riso quando não podia. Já quebrei pratos, copos e vasos, de
raiva. Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse. Já gritei
quando deveria calar, já calei quando deveria gritar. Muitas vezes
deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que
não pensava para magoar outros. Já fingi ser o que não sou para agradar
uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros. Já contei piadas
e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz. Já inventei
histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava. Já sonhei
demais, ao ponto de confundir com a realidade. Já tive medo do escuro,
hoje no escuro “me acho, me agacho, fico ali”. Já cai inúmeras vezes
achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando
que não cairia mais. Já corri atrás de um carro, por ele levar embora,
quem eu amava. Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um
pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda. Já chamei
pessoas próximas de “amigo” e descobri que não eram. Algumas pessoas
nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não
me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração. Não me
façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque
sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade, não sei viver de
mentiras, não sei voar com os pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com
certeza não serei a mesma pra sempre. Gosto dos venenos mais lentos, das
bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais
insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me
empurrar de um penhasco que eu vou dizer: E daí? Eu adoro voar.”
— | Clarice Lispector. |
14.7.13
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