“E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o
povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? E agora, você? Você que é
sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? E
agora, José? Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho. Já
não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode. A noite esfriou, o
dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e
tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José?”
— | Carlos Drummond de Andrade. |
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